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06/11/2010

Tombadas 7 Obras do Arquiteto Rino Levi

O conjunto do Cine Ipiranga e Hotel Excelsior - na Avenida Ipiranga, no centro de São Paulo -, o Edifício Garagem América - na Rua Riachuelo, também na região central -, a sede do antigo Banco Sul Americano do Brasil – hoje Itaú -, na Avenida Paulista, a residência Castor Delgado Perez - na Avenida 9 de Julho -, a antiga sede do Instituto de Filosofia, Ciência e Letras Sedes Sapientiae, na Consolação, além do Paço Municipal, em Santo André, e a residência Olívio Gomes, na Fazenda Santana do Rio Abaixo, em São José dos Campos, são as sete obras do arq Rino Levi tombadas pelo Condephaat - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo, depois de 15 anos de análise técnica. Confira a íntegra da matéria publicada pelo jornal o Estado de S. Paulo no dia 4 de novembro:
A primeira garagem vertical de São Paulo, o conjunto de cinema e hotel que foi o mais luxuoso da capital, um prédio cujo projeto é considerado o mais bem-sucedido da Avenida Paulista. A obra do arquiteto Rino Levi, expoente do modernismo no Brasil, recebeu na semana passada novo reconhecimento: sete construções representativas do arquiteto foram tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo (Condephaat), após 15 anos de análise técnica.

Cinco das sete obras ficam na capital paulista. Com o tombamento das estruturas, qualquer modificação na fachada e nos elementos internos tem de passar pela aprovação do Condephaat.

Entre as obras tombadas está o conjunto do Cine Ipiranga e Hotel Excelsior, na Avenida Ipiranga, no centro, de 1941. "O Cine Ipiranga foi o maior e mais importante cinema da cidade, com projeto inovador, que previu um hotel de 22 andares em cima", contou o arquiteto Carlos Faggin, conselheiro do Condephaat. "Foi preciso fazer uma ponte entre as estruturas, o que torna seu projeto significativo para a arquitetura de cinema."
Também foi tombado o Edifício Garagem América, na Rua Riachuelo, região central. Construído entre 1952 e 1958, o prédio passa quase despercebido na rua estreita, mas trata-se do primeiro estacionamento vertical de São Paulo, e também o primeiro a apresentar estrutura metálica aparente do Brasil - são 15 andares com vigas de aço que jamais foram revestidas por concreto.

"Ele já pensava no problema de circulação que se intensificaria. Eram projetos tratados como um todo, não apenas o prédio, mas o lote e o entorno", disse a pesquisadora Maria Beatriz de Queiroz Aranha, da PUC-Campinas, autora de tese de doutorado sobre o arquiteto.

Outro edifício tombado é a sede do antigo Banco Sul Americano do Brasil (hoje Itaú), na Avenida Paulista, esquina com a Rua Frei Caneca. O prédio, de 1961, é apontado pelo Condephaat como o mais eficiente da via, pois foi colocado "de lado". "Sua colocação traz amplitude na vista e não faz parte da "muralha" de prédios que isola a avenida", explicou Maria Beatriz.
Levi também projetou no Jardim América, na zona sul, uma casa em que o próprio quintal serviria de jardim para o bairro todo. Trata-se da residência Castor Delgado Perez, na Avenida 9 de Julho, outra obra protegida.
Também foi tombada a antiga sede do Instituto de Filosofia, Ciência e Letras Sedes Sapientiae, na Consolação. Os dois edifícios, de 1933, têm jardim interno de autoria de Burle Marx e são hoje um dos câmpus da PUC-SP.

Fora da capital. Outras duas construções de Levi que não estão na cidade de São Paulo também foram protegidas. Em São José dos Campos, no interior, foi tombada a residência Olívio Gomes, na Fazenda Santana do Rio Abaixo, também com projeto paisagístico de Burle Marx. Em Santo André, no ABC paulista, foi tombado o Paço Municipal, última obra de Levi, concluída em 1965, após a morte do arquiteto.
QUEM FOI RINO LEVI
ARQUITETO, PIONEIRO DO MODERNISMO NO PAÍS
O arquiteto paulistano Rino Levi (1901-1965) tem como marca a integração dos projetos com o entorno. Além de edifícios e residências, se consagrou como projetista de hospitais - como o Albert Einstein, por exemplo.

Fonte:
Lista Preserva SP e http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101104/not_imp634341,0.php

24/10/2010

Falando em São Paulo...



E falando de São Paulo, um vídeo do premiado cineasta e morador de São Paulo Marcelo Galvão, que conversa com a arquiteta Letícia Nobell, com os designers Fernando e Humberto Campana e com os arquitetos da Triptyque, sobre a forma como eles se relacionam com a cidade, como ela inspira a criatividade e a indústria, o que ela significa para eles.


No site Wallpaper tem de outras metrópoles do mundo, só olhar lá, que foi de onde tirei esse vídeo!
http://www.wallpaper.com/video/travel/city-short-so-paulo/207544211001


Diretor: Marcelo Galvão
Fotografia: Eduardo Makino
Diretores Assistentes: Gabriel Borba, Mauro Lima
Editores: Paulo Rosa, Marcelo Galvão
Arte: Rodrigo Tavares
Som: Sidney Sapucaia

01/05/2010

Casa Modernista na Rua Santa Cruz - Gregory Warchavchik

Estive lá no começo no ano passado, mais precisamente em Março, e não sei porque não coloquei nada no blog. Então, aproveitando que coloquei as informações sobre a casa da Rua Itápolis, vou atualizar com informações sobre essa casa que é tão legal quanto, e é de fato a primeira construída.

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Fotos tiradas pelo Robson Leandro :)
http://www.flickr.com/photos/robsonleandro/page60/

A Casa Modernista da rua Santa Cruz localiza-se no distrito de Vila Mariana, em São Paulo. Projeto do arquiteto Gregori Warchavchik é considerada a primeira residência modernista do Brasil, e é tombada pelo poder público estadual por sua importância histórica, artística e arquitetônica.

Em 1927, em função de seu casamento, começa a construir para si, na rua Santa Cruz, bairro de Vila Mariana, em São Paulo, aquela que seria considerada a primeira casa modernista do país, concluída em 1928. O projeto, a construção, a decoração, os interiores, os móveis e as peças de iluminação, são de autoria do arquiteto. Mina Klabin Warchavchik, além de prover financeiramente a obra, também colaborou com o projeto paisagístico para o jardim - eventualmente também considerado o primeiro projeto paisagístico moderno do país, embora tal afirmação também encontre divergências.

Muitos foram os obstáculos para tal empreendimento, desde a aprovação da fachada pela prefeitura até a disponibilidade do material desejado e o emprego da mão-de-obra. Para conseguir a aprovação dos “censores de fachadas” da Prefeitura de São Paulo, Warchavchik teve de apresentar um projeto ligeiramente camuflado com ornatos. Mas, ao começar a construção, alegou falta de recursos para tais acabamentos e assim a casa ficou conforme seu ideal - livre de rebuscamento, estuques e cornijas.

A beleza da fachada terá que resultar da racionalidade do plano da disposição interior, como a forma da máquina é determinada pelo mecanismo que é a sua alma. Manifesto número um da “Moderna Arquitetura Brasileira”.

Com esse projeto, surge uma das polêmicas mais importantes do movimento moderno, provocado pelo arquiteto Dácio de Morais, que o criticava em artigos do Correio Paulistano. Também no Correio, em 1928, Warchavchik responde às críticas com o artigo “Arquitetura Nova”, no qual encontra-se o seguinte trecho:

Não querendo copiar o que na Europa está se fazendo, inspirado pelo encanto das paisagens brasileiras, tentei criar um caráter de arquitetura que se adaptasse a esta região, ao clima e também às antigas tradições desta terra. Ao lado de linhas retas, nítidas, verticais e horizontais, que constituem, em forma de cubos e planos, o principal elemento da arquitetura moderna, fiz uso das tão decorativas e características telhas coloniais e creio que consegui idear uma casa muito brasileira, pela sua perfeita adaptação ao ambiente. O jardim, de caráter tropical, em redor da casa, contém toda a riqueza das plantas típicas brasileiras.[1]

Em suma, seu projeto para a casa teve como objetivo a racionalidade, o conforto, a utilidade, uma boa ventilação e iluminação – ideais preconizados por Le Corbusier. Inspirado nas paisagens brasileiras, criou uma arquitetura que se adaptou à região, ao clima e às tradições do país. O uso das telhas coloniais ao lado das linhas retas – principais elementos da arquitetura moderna – e a composição da arquitetura com o jardim de flora nativa de caráter tropical, projetado por sua esposa, deram à residência um aspecto muito brasileiro.

Durante a construção da casa, Warchavchik se deparou com alguns problemas devidos às limitações técnicas do país. Teve de vencer dificuldades como o alto preço dos materiais - cimento, vidro e ferro - e com a falta de uma indústria de acessórios construtivos típicos da arquitetura moderna. Além disso, teve de se transformar em mestre de obras, uma vez que a mão-de-obra também não estava preparada para tamanha inovação. Para tanto, montou oficinas para a execução de esquadrias de madeira lisa e, graças a um mestre de marcenaria alemão, introduziu no país a madeira compensada. A alvenaria também não pôde ser feita de concreto armado, mas de tijolo revestido por cimento branco.

Participantes da Semana de Arte Moderna de 1922, como Oswald de Andrade, Anísio Teixeira, Mário de Andrade, Osvaldo da Costa e Mário de Andrade, opinaram sobre o sucesso de Warchavchik, ao conseguir uma essência nacional na casa sem comprometer o objetivo de romper com os elementos tradicionais da Arquitetura.

Reforma de 1934

Em 1934 o arquiteto resolve reformar a casa, deslocando a entrada frontal para lateral e incluindo uma marquise. O mesmo se dá com o portão de acesso ao terreno, que é deslocado para a esquerda, onde se encontra até hoje. Foi ampliada a sala de estar, que avançou sobre a varanda e no piso superior foi criada uma varanda em substituição ao telhado colonial existente, um banheiro e foi ampliado o quarto principal. Os caixilhos originais em ferro foram substituídos por madeira e o caixilho com basculantes na escada foi substituído por blocos de vidro cilíndricos.

Atualidade

A casa, hoje pertencente ao Estado de São Paulo, foi tombada em 1986 [2] pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado e reconhecida como Patrimônio Histórico pelo IPHAN, tornando-se um parque. O tombamento se deu por intermédio de moradores da região que queriam impedir a implantação de um loteamento residencial, proposto por uma construtora, para o local.

Durante décadas, a casa da Rua Santa Cruz recebeu inúmeros projetos de restauro, sem que nada ocorresse de efetivo. Durante muito tempo esteve em péssimo estado de conservação. No final da década de 1990, um grupo de arquitetos fundadores da Escola da Cidade propôs implantar no parque-jardim, de aproximadamente 13.000m², uma escola de arquitetura; porém, foi impedido pela Secretaria da Cultura e pela Associação Pró-Parque Modernista, receosas de que a intervenção prejudicasse o parque.

Mais recentemente, representantes brasileiros de uma associação mundial que visa a preservação do patrimônio arquitetônico moderno, reuniram-se com o objetivo de solucionar os problemas da Casa de Warchavchik. O parque foi utilizado durante algum tempo por um grupo escoteiro para a manutenção e o cuidado.

Nos anos 2000 são realizadas obras para a restauração do imóvel, com a primeira etapa de 2000 a 2002 e segunda entre 2004 e 2007. Estas reformas restauraram a casa principal, mas o orçamento foi insuficiente para a recuperação da edícula e do parque.

Em março de 2008, o governo do Estado transferiu para a Prefeitura a responsabilidade pelo uso e manutenção da Casa Modernista. Como permissionária do imóvel, realiza trabalhos emergenciais e a reabre o parque e a casa em agosto do mesmo ano. No entanto, o conjunto precisa de completa recuperação ainda em andamento no final de 2008. Atualmente é uma das onze casas do Museu da Cidade de São Paulo.

OBS: informações retiradas do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_Modernista_%28rua_Santa_Cruz,_S%C3%A3o_Paulo%29.

Outros Planos: Brasília 50 Anos

Na semana passada, exatamente no dia 21/04, Brasília comemorou seu aniversário de 50 anos e levantou várias questões sobre seu urbanismo e arquitetura tão famosos e problemáticos em alguns pontos. O MCB, Museu da Casa Brasileira, fez uma exposição que mostra quais foram os outros projetos que concorreram com o de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Abaixo seguem as informações! :)

Exposição “Outros Planos: Brasílias”
Reúne projetos finalistas do concurso para o plano piloto da Nova Capital
Abertura: 20 de abril, às 19h30
Visitação: 21 de abril a 16 de maio
Debates: 27 de abril e 11 de maio, às 19h30

Os sete projetos finalistas do concurso para o Plano Piloto da então nova Capital do Brasil, realizado em 1957, estarão na Exposição “Outros Planos: Brasília”, uma realização do Museu da Casa Brasileira (MCB), instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBea).

Com curadoria do arquiteto Eduardo Della Manna, pesquisa de Jeferson Tavares e projeto de Fernando Brandão, a mostra traz as várias soluções urbanísticas, premiadas e ainda pouco conhecidas, e que tiveram um único objetivo: propor uma cidade ideal como Capital do País.

Serão apresentadas, em detalhes, as possíveis Brasílias em que os pedestres caminhariam em esteiras rolantes ou onde gigantescos edifícios substituíriam os tradicionais bairros.

“Hoje, sabemos da existência de mais de 30 planos para Brasília”, diz Eduardo Della Manna. “Esse conjunto de propostas carrega uma diversidade de soluções urbanísticas, algumas tradicionais, outras inovadoras, ainda pouco conhecidas”.

Uma visão crítica sobre a Brasília, que está completando 50 anos, passa pelo conhecimento de sua história. Qual foi o legado do projeto urbano da nova capital? E como teriam sido os outros projetos não construídos? Estas questões permeiam a mostra e os dois debates que serão realizados com alguns dos autores dos sete projetos finalistas, críticos e urbanistas. Como se sabe, o grande vencedor foi Lúcio Costa, com suas superquadras, as Asas Norte e Sul, a Praça dos Três Poderes e os Eixos Monumental e Rodoviário, os comércios locais e os prédios de seis andares.

Lista dos finalistas

1º lugar – Lúcio Costa
2º lugar – Boruch Milmann, João Henrique Rocha e Ney Fontes Gonçalves
3º lugar (empatados) – Marcelo Roberto e Maurício Roberto; Rino Levi, Roberto Cerqueira César, Luiz Roberto de Carvalho Franco e Paulo Fragoso
5º colocado (empatados) – Carlos Cascaldi, João V. Artigas, Mário Wagner V. Cunha e Paulo de Camargo e Almeida; Henrique E. Mindlin e Giancarlo Palanti; Construtécnica S/A – Milton C. Ghiraldini

O arquiteto Jeferson Tavares, responsável pela pesquisa dos projetos, diz que a seleção permite uma percepção das decisões do júri: “Compreendemos, assim, que a eleição dos finalistas esteve diretamente atrelada aos preceitos da vanguarda urbanística da época, ligada ao Movimento Moderno, embora a contribuição dos projetos vá além desses preceitos”. E conclui: “A mostra é um olhar sobre a realidade urbana brasileira da primeira metade do século XX, cujas soluções – esquecidas ou ignoradas – ainda podem nos ensinar através de erros e acertos”.

Na mostra, haverá painéis com imagens e textos que sintetizam cada uma das sete propostas premiadas, além dos comentários do júri, precedidos de uma breve contextualização do período e de fatos antecedentes ao concurso de 1957. O concurso do Plano Piloto era uma disputa de ideias, não de detalhes. De alguma forma, isso será revivido nesta exposição.

Haverá, também, um conjunto de vitrines com um pouco da memória em torno da inauguração de Brasília.

Arquiteto e urbanista, o curador Eduardo Della Manna é sócio-diretor do escritório PPU Planejamento e Projetos Urbanos e mestre pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie. Entre outros trabalhos, participou do Plano de Ação Integrada da Favela de Paraisópolis (2002), do Plano de Requalificação Sócio-Econômica do Centro Novo de São Paulo (2004) e do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Região Serrana do Espírito Santo (2004).

Debates

Outros planos: Brasílias. Como seriam as outras brasílias?
27 de abril, às 19h30
Participam os arquitetos Jeferson Tavares, Jorge Wilheim, Pedro Paulo de Melo Saraiva e Marcio Roberto. Moderador: Eduardo Della Manna.

Brasílias: Reflexão e Crítica
11 de maio, às 19h30
Participam os arquitetos Jeferson Tavares, Sylvia Ficher, Milton Braga e Fernando Serapião. Moderador: Marcio Mazza.

Exposição

“Outros Planos: Brasílias”
Abertura: 20 de abril, às 19h30
Visitação: 21 de abril a 16 de maio
Debates: 27 de abril e 11 de maio, às 19h30

Serviço

Local: Museu da Casa Brasileira
Av. Faria Lima, 2705 – Jardim Paulistano Tel. 3032-3727
Ingresso: R$ 4,00 – Estudantes: R$ 2,00 (Gratuito domingos e feriados).
Acesso a portadores de deficiência física.
Visitas orientadas: 3032-2564 agendamento@mcb.org.br
Site: www.mcb.org.br
Twitter.com/mcb_org
Estacionamento: de terça a sábado até 30 min. grátis, até 2 horas R$ 8,00, demais horas R$ 2,00. Domingo: preço único de R$ 10,00.

OBS: informações retiradas do site www.mcb.org.br e http://theurbanearth.wordpress.com/

30/04/2010

Praça Roosevelt Abandonada

Olá :)
Achei essa reportagem no jornal do metrô que pego todos os dias, mas por falta de tempo acabei não postando aqui antes.

A reportagem é sobre a Praça Roosevelt, que fica no centro de São Paulo, próxima da Igreja da Consolação. Ela está muito abandonada e há pouco tempo quando passei por lá fiquei horrorizada com o estado o lugar. O que mais chama atenção é que ela está ao lado da rua onde mais existem teatros na cidade, é praticamente um circuito cultural... Deveria existir no mínimo um plano para ela: demolir ou restaurar.

A reportagem está logo abaixo! :) Para ler, só clicar em cima!

Logo mais volto com mais informações sobre a arquitetura em geral, mas o tempo está tão curtinho...


Imagens e reportagem retiradas do site www.metronews.com.br
Edição de 22/04/10

23/04/2010

Casa Modernista na Rua Itápolis - Gregory Warchavchik

Domingo passado estive numa das casas modernistas de São Paulo, aliás uma das primeiras do Brasil, idealizada e construída pelo arquiteto Gregory Warchavchik. Essa, junto com as casas modernistas da Rua Santa Cruz e Rua Bahia, constituem algumas das mais importantes obras desse arquiteto, que já tinha idéias modernistas muito antes de Oscar Niemeyer.

Fiz uma visita guiada, organizada pelo Museu da Casa Brasileira, que está de parabéns pela iniciativa de desenvolver essas atividades e pela organização. Coloquei algumas fotos para vocês verem...

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Warchavchik nasceu na cidade de Odessa, Ucrânia, então parte do Império Russo. Iniciou os estudos de arquitetura na própria Universidade Nacional de Odessa.

Em 1918 muda-se para Roma, Itália, ingressando no Regio Istituto Superiore di Belle Arti, diplomando-se em 14 de julho de 1920. Passa os dois primeiros anos de formado trabalhando para o professor e arquiteto neoclássico Marcello Piacentini (1881-1960), mais tarde conhecido como l'architetto del regime (fascista), e dirige a construção do Cinema-teatro Savoia (1922), em Florença.

Chega ao Brasil (segundo ele, terreno preparado para minhas idéias e meus sonhos) em 1923, no auge da vanguarda modernista, apenas um ano após a Semana de 22, encontrando aqui uma predisposição à aceitação das ideias que ele trazia da Europa - os preceitos de Walter Gropius (1883-1969), Mies van der Rohe (1886-1969) e Le Corbusier (1887-1966) - e já empregado pela Companhia Construtora de Santos, dirigida por Roberto Cochrane Simonsen, primeiro intelectual brasileiro a defender o trabalho racional dentro da indústria, seguindo a escola do taylorismo e do fordismo.

Contudo, ele não poderia ter chegado a um lugar mais oportuno, pois a província de São Paulo, mesmo possuindo ainda características de uma vila, fervilhava de intelectuais defensores da nova arte como Paulo Prado, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Graça Aranha, Renato de Almeida, Guilherme de Almeida, Menotti del Picchia, Plínio Salgado, Victor Brecheret, Emiliano Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Heitor Villa Lobos e outros. Warchavchik, como não poderia deixar de ser, logo entrou em contato com o grupo modernista de São Paulo, onde conheceu a jovem Mina Klabin, filha de um grande industrial da elite paulista, com quem viria a se casar em 1927, naturalizando-se brasileiro.

Em 1925, Warchavchik, escreve aquele que seria o primeiro manifesto da arquitetura modernista no Brasil, publicado inicialmente em italiano no jornal Il Piccolo no dia 15 de junho, intitulado “Futurismo?”, posteriormente traduzido e republicado pelo Correio da Manhã em 1º de novembro, como “Acerca da Architectura Moderna”. No mesmo ano, Walter Gropius iniciava a publicação dos Bauhausbücher, com a obra Internationale Architektur. Pode-se dizer que poucas e relativas dissonâncias separam seu documento ao do mestre alemão.

No artigo de Warchavchik, são expostas algumas ideias do arquiteto sobre o novo padrão de estética arquitetônica que estava florescendo. Segundo ele, assim como as máquinas que acompanhavam a evolução tecnológica, os edifícios também precisavam se modernizar, pois são verdadeiras “máquinas de morar” - não apenas no sentido das técnicas construtivas, que ficavam a cargo dos engenheiros da época, mas principalmente em relação à “cara” da construção. A crítica ao ornamento é feita de forma veemente: detalhe inútil e absurdo, imitação cega da técnica da arquitetura clássica, tudo isso era lógico e belo, mas não é mais. Para ele, o estudo da arquitetura clássica deveria servir apenas para dar ao arquiteto um sentimento de equilíbrio e proporção, do contrário, estaríamos fadados a viver em verdadeiras réplicas antiquadas, que destoavam totalmente dos equipamentos modernos, dos costumes modernos, enfim, da vida moderna.

Neste sentido, defendeu fortemente a produção de uma arquitetura livre dos legados do passado, e que refletisse a época da modernidade - lógica e livre de ornatos.

Mesmo tendo em seus conhecimentos extensa cultura clássica e ainda convivido com Marcello Piacentini, o qual publicaria em 1930 o livreto Architettura d'oggi, atacando a nova arquitetura e afirmando que esta lhe parecia um produto efêmero, Warchavchik se mostra fiel ao movimento que se processava e aos seus estudos sobre os novos materiais.

A Casa da Rua Itápolis

Essa casa, no Pacaembu, aqui em São Paulo, ficou em exposição de 26 de março a 20 de abril de 1930 e impulsionou a renovação arquitetônica brasileira, tornando-se uma referência e complementando a revolução assinalada pela “Semana de Arte Moderna de 1922”.

No projeto, Warchavchik procurou resolver, de maneira mais estética possível, a questão econômica e funcional. Ao contrário do tradicional, eliminou corredores com a finalidade de obter mais espaço. Uma planta-baixa pequena, simples e econômica mudou a concepção de muitos a respeito da arquitetura moderna e passou a ser referência para o Estado. Ou seja, usar menos espaço para ter mais integração.

Warchavchik recebeu muitos elogios, mas especiais foram os de Le Corbusier, já que era um admirador e seguidor de suas idéias. Le Corbusier, que visitou a casa ainda em construção, em 1929, admirou a plasticidade do muro em curva que separa o jardim social do quintal de serviço, dentre outros aspectos do projeto. Muito impressionado, decide, em uma reunião junto com outros intelectuais paulistas, na própria residência, que Warchavchik representaria não só o Brasil como toda a América do Sul, como delegado dos Congrès Internationaux d'Architecture Moderne (CIAM). Durante a exposição, dentro da casa, haviam objetos de vários artistas do período, entre escultores, pintores, escritores, etc.

Eu, que nunca tinha ouvido falar desse arquiteto até conhecer a casa modernista da Rua Santa Cruz, fico cada vez mais impressionada com o pensamento inovador que ele tinha para a época em que viveu e sua esposa, Mina Klabin, também criou o paisagismo com plantas brasileiras. Assim como foi com as obras do Frank Lloyd Wright, as obras do Warchavchik são amor à primeira vista!

OBS:
- fotos tiradas pelo Robson Leandro e eu... :D
- algumas informações do texto foram passadas pelo guia da casa e do museu, outras foram retiradas do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Gregori_Warchavchik
- Museu da Casa Brasileira www.mcb.org.br

Aliás, essas visitas guiadas fizeram tanto sucesso que o museu pensa em manter essa atividade permanente, legal né?! :D

20/03/2010

Arquivo Histórico Municipal

Olá pessoas!!! Depois de mais de um mês e meio de sem colocar nada aqui, cá estou, com coisas novas :) O tempo anda curto por causa da facu e de projetos, mas vou voltar a colocar informações todas as semanas ou, se encontrar algo relevante, coloco antes mesmo!!!

Há umas duas semanas, fui até a região da estação Tiradentes, fotografar um terreno que meus professores de projeto da faculdade pediram para pesquisar. Daí, passamos pelo arquivo histórico municipal e entramos no prédio, eu e minha amiga Day. Lá fomos muito bem recepcionadas por uma guia, que gentilmente perguntou se queríamos conhecer o prédio todo, daí, lógico que entramos. Como pretendo trabalhar com restauro, estou me cercando do máximo de informações possíveis para criar um repertório.

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Nessa visita monitorada, descobrimos que esse prédio do Arquivo Histórico Municipal era a antiga Escola do Curso de Elétrica, que faz parte do conjunto politécnico, que são os atuais edifícios do Centro Paula Souza. O edifício foi o primeiro da região, construído por Ramos de Azevedo, assim como os outros, que foram feitos para atender a demanda dos estudantes posteriormente.

Tudo nele permanece original, mesmo depois do restauro realizado no ano passado. Seus gradis de ferro (como corrimãos e portadas) foram confeccionados pelo Liceu de Artes de Ofícios, sediado onde hoje está a Pinacoteca do Estado. Há um vão central, com pé direito triplo, que alcança uma abertura zenital, por onde entra ventilação e iluminação, e que era onde os alunos faziam as atividades práticas do curso.

Os vitrais que ficam nos patamares das escadas, foram confeccionados pela Casa Conrado, que era uma das mais tradicionais na época. Um deles tem a imagens e as referências do engenheiro e o outro do arquiteto, que são as profissões que usam a elétrica diretamente.

As escadas foram todas confecionadas com pedras retiradas da Serra da Cantareira, cada degrau é feito com um bloco único de pedra, esculpido para ganhar forma de degrau convidativo à subida. Eles são todos fixados na parede e não usam vigas para ficar sustentados. E o mais legal é que a manutenção deles é feita por uma porta no subsolo...

O que é mais interessante, é que esse edifício não possui vigas de sustentação. Ele foi feito com arcos ogivais no subsolo, que criam passagens abobadadas, fazendo com que o peso da edificação fique distribuido por igual entre as colunas de passagem. Esse subsolo abriga ainda a estrutura aparente dos tijolos da construção do prédio, e das estruturas da entrada e dos pilares. Ainda há o ladrilho hidráulico original no piso em alguns ambientes e os banheiros ainda tem as louças originais trazidas de Londres.

A funcionalidade é muito presente nas obras do Ramos de Azevedo e nesse edifício não foi diferente: todos os pinos de abertura das janelas e as maçanetas não simples e de encaixe, o que facilitava o manuseio pelos alunos. As aberturas eram variadas, de pivotante à basculante. As salas de aula eram pequenas e as lousas eram removíveis, criando vãos de ar.

Mas o que realmente vale a pena visitar, é o auditório. Construído com acústia perfeita, ele tem o que se chama de Centro de Convergência do Som. Ao ficar no centro da sala e falar, você escuta sua voz, como se estivesse falando no seu próprio ouvido. Isso ajudava o professor a perceber conversas paralelas ou qualquer outro som. As cadeiras ainda são originais, de madeira, do tipo universitárias, construídas também pelo Liceu.

Vale a visita, para quem gosta de curiosidades sobre a história e arquitetura da cidade de São Paulo. Nas fotos, coloquei também o terreno onde vamos desenvolver o projeto de uma Galeria de Arte e fotos da região, tudo para fazer um bom projeto.
Semana que vem volto com mais coisas legais!!!

20/01/2010

Belo Horizonte - Minas Gerais

No segundo dia, voltamos a Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, onde estávamos hospedados. Aproveitamos que a chuva havia cessado e fomos para um city tour. Conhecemos vários bairros, no dia anterior estivemos até na Praça do Papa, mas nesse dia descemos para conhecer a Pampulha.

Para ver todas as fotos de Belo Horizonte, clique aqui!

Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi a primeira cidade brasileira moderna planejada. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares e uma avenida em torno de seu perímetro, a Avenida do Contorno.

Entretanto, Aarão Reis não queria a cidade como um sistema que se expandiria indefinidamente. Entre a paisagem urbana e a natural foi prevista uma zona suburbana de transição, mais solta, que articulava os dois setores através de um boulevard circundante, a Avenida do Contorno, bastante flexível e que se integrava perfeitamente na composição essencial. A concepção do plano fundia as tradições urbanísticas americanas e europeias do século XIX. O tabuleiro de xadrez da primeira era corrigido por meio das amplas artérias oblíquas, e espaços vazios, uma preocupação constante com as perspectivas monumentais que provinha do Velho Mundo, com marcadas influências de Haussmann.

Belo Horizonte surgia como uma tentativa de síntese urbana no final do século XIX. O objetivo de se criar uma das maiores cidades brasileiras do século XX, era atingido. Porém, o plano de Belo Horizonte pertencia a sua época, seu conceito estava embasado em fundamentos do século anterior.

O projeto da cidade foi inspirado no modelo das mais modernas cidades do mundo, como Paris e Washington. Os planos revelavam algumas preocupações básicas, como as condições de higiene e circulação humana. A cidade foi dividida em três principais zonas: a área central urbana, a área suburbana e a área rural.

A área central urbana receberia toda a estrutura urbana de transportes, educação, saneamento e assistência médica, e abrigaria os edifícios públicos dos funcionários estaduais. Ali também deveriam se instalar os estabelecimentos comerciais. Seu limite era a Avenida do Contorno, que à época se chamava de 17 de Dezembro. A região suburbana, formada por ruas irregulares, deveria ser ocupada mais tarde e não recebeu de imediato a infraestrutura urbana. A área rural seria composta por cinco colônias agrícolas com inúmeras chácaras e funcionaria como um cinturão verde, abastecendo a cidade com produtos hortigranjeiros.

Pampulha

A 8,5 km do centro de Belo Horizonte está a Região da Pampulha, com uma grande lagoa artificial, com belas e modernas residências. Ali há um conjunto arquitetônico de importantes obras: a Capela de São Francisco de Assis, localizada na beira do lago, projetada por Oscar Niemeyer e decorada com pinturas de Cândido Portinari, recebeu jardins do paisagista Roberto Burle Marx. É também na Pampulha que se encontra o estádio Governador Magalhães Pinto, conhecido como o Mineirão, o segundo maior estádio de futebol do país; o Mineirinho, que detém o recorde de público em um jogo da Superliga, na partida entre Telemig Celular/Minas x Ulbra em 21 de abril de 2001 com a presença de 23.535 torcedores, e o recorde mundial de público em um jogo de vôlei indoor na partida entre Brasil e a Itália, com 25.326 torcedores presentes; a Casa do Baile; o Museu de Arte da Pampulha (MAP); o Parque Ecológico da Pampulha; o Jardim Botânico de Belo Horizonte; o Parque Guanabara; e o Jardim Zoológico da cidade.

OBS: informações retiradas do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Belo_Horizonte

17/12/2009

Personalidade "Adesivada"

Os adesivos além colorirem os ambientes, dão vida e animam qualquer local em que são inseridos. Para as pessoas que não são adeptas do papel de parede, podem usar e abusar dos adesivos decorativos e personalizados.

Os adesivos criam uma identidade, personalizando espaços, e tornando-os únicos.

Abaixo, opiniões de profissionais da área de arquitetura e interiores:

Andréa Vivas, designer de interiores - "A maior parte das pessoas acredita que os adesivos de parede servem somente para a decoração de casas; nas salas, cozinhas, quartos e banheiros. Contudo, os adesivos também são uma excelente opção para os escritórios. No meu escritório em Niterói optei pela utilização de um adesivo personalizado com a minha marca, na parede principal. Os adesivos personalizados estão se destacando no mercado, já que são peças chave na decoração por serem exclusivos. Pela internet é possível encontrar diversas empresas que oferecem esse serviço de personalização de adesivos".

Claudia Santos, arquiteta - "Uma das melhores opções para se decorar espaços são com adesivos personalizados. Além deles seguirem exatamente o que o cliente deseja conseguem caracterizar os ambientes de acordo com o estilo do proprietário. Nesse estúdio de música escolhi um adesivo que combinasse com o estilo da família, já que todos eram músicos, assim nada melhor do que personalizar o ambiente com um detalhe que é comum a todos os membros. No outro espaço escolhi formas irregulares e coloridas de adesivos para dar vivacidade ao espaço.


Emmília Cardoso, arquiteta - "Os adesivos são uma excelente opção de decoração de ambientes, eles alegram os ambientes e não se restrigem somente a decoração de quartos infantis. Em ambos os projetos foram utilizados os adesivo, contudo com finalidades diferenciadas. No quarto de menino coloquei adesivos nos móveis, combinando com as cores do quarto e dando um ar infantil e criativo. No outro projeto, um jardim de inverno, utilizei um adesivo em toda a parede com cores predominantes do restante do espaço, contendo alguns dizeres.

Monique Granja, arquiteta - "Os adesivos de parede podem complementar a decoração da casa, pois são além de serem modernos, são despojados. Os adesivos são fáceis de colocar e tem uma boa durabilidade. Essa técnica é um recurso que serve para repaginar os ambientes da casa sem gastar muito, pois os adesivos são bastante baratos e fáceis de aplicar na parede. Os preços variam de R$ 50,00 até R$ 400,00, podendo encontrar de preços mais baratos ou mais caros em comparação com a média. Nesse quarto de menina em um apartamento em Botafogo, optei pelo adesivo colorido para complementar o ambiente e dar mais vida ao espaço".

Kátia Pinheiro Pereira, sócia diretora da construtora e incorporadora Pinheiro Pereira - "A construtora e incorporadora Pinheiro Pereira inova mais uma vez ao oferecer mais um diferencial em seus empreendimentos: os adesivos de paredes. O novo empreendimento PRÊT Á PORTER, que será lançado nesta semana em Niterói, terá como diferencial seis modelos de adesivos decorativos e personalizados, elaborados pela agência de publicidade Bloom Design. Essa idéia partiu da iniciativa do grupo, em parceria com a agência, através do ideal de que através de cada ambiente é possível transmitir mais que um gosto ou preferência, mas a personalidade daquele morador. Os futuros compradores poderão escolher por um dos modelos oferecidos e o cômodo em que este será inserido. Outros benefícios também serão oferecidos como hidromassagem na suíte para todos os apartamentos de 3 quartos e coberturas, e adega climatizada para os primeiros compradores".

Roberta Devisate, designer de interiores - "Existem inúmeras utilizações para os adesivos sejam para quartos, salas, cozinhas... Nesse ambiente utilizei o adesivo como diferencial para esta sala de jantar, criando um ambiente informal e com toques e cores fortes. No outro projeto, quarto de uma adolescente, optei por pintar as paredes do quarto com a tonalidade rosa, e usei o adesivo floral personalizado cinza, para contrastar com as cores. Os adesivos costumam causar impacto, pois marcam espaços através de uma moderna decoração.

Sophia Galvão, arquiteta - "Sempre gostei de inovar em meus projetos, e não diferente neste banheiro. Os adesivos são comumente usados em quartos e salas, nesse caso usei esse material no lavabo. Escolhi um tema floral, combinando com o restante da parede verde como detalhe principal do ambiente. A iluminação realça a beleza do adesivo, que é notado sempre que os visitantes utilizam o espaço.


* Contatos:

Andréa Vivas - (21) 2613-5248 / (21) 9942-1353 / www.andreavivas.com.br
Claudia Santos - (21) 7846-4128
Emmília Cardoso - (21) 2428-3408 / (21) 3328-1927 / www.emmiliadiascardoso.com.br
Monique Granja - (21) 9624-3563
Pinheiro Pereira - (21) 2719-8680 / www.pinheiropereira.com.br
Roberta Devisate - (21) 2714-0629 / (21) 2710-3724 / (21) 9995-7758 / www.robertadevisate.com.br
Sophia Galvão - (21) 3511-6734 / (21) 9156-5976 / www.sophiagalvao.com.br

OBS> texto sugerido por Priscilla Poubel da AsseSSorando Comunicação, obrigada. As imagens também foram cedidas por ela.

16/12/2009

Casa Cor Trio


Estive há duas semanas na Casa Cor Trio, mas estava absolutamente sem tempo para postar aqui as fotos. Gostei muito de ter ido, até porque foi um mix de informações muito valiosas que vi por lá, com soluções diferentes e criatividade.
Para quem não conhece, a Casa Cor Trio é um mix da Casa Boa Mesa (ambientes de alimentação), Casa Office (ambientes como escritórios e corporativos) e a Casa Entretenimento (ambientes voltados para o lazer).


Vi por lá idéias antigas, mas com um toque renovado, um paisagismo simples mas funcional, ambientes que a princípio pareciam simples eram muito elaborados, e a cada momento pareciam se renovar.



A entrada era simplesmente digna de uma rainha, e é assim que eu me senti lá, quando passei pelo tapete vermelho. A cortina de bolhas da bilheteria também era muuuito legal, mas não é uma idéia nova, só estava utilizada de uma forma diferente.


Já o espelho d'água era uma sensação: com bordas infinitas, feito todo de pedra recortada, como se fossem pastilhas cerâmicas, em um tom verde maravilhoso... Ao seu redor, o paisagismo deu prioridade para plantas perfumadas como lavanda, alecrim, manjericão, etc...



Gostei muito da casa de chá, era super simples, mas tinha um adesivo nas paredes inteiras, com desenhos de arabescos que eram muito bonito.


Outra coisa que me chamou muito a atenção é que tudo é funcional hoje em dia, não existe mais uma decoração pura e simplesmente ornamental.


E o que eu mais gostei foi do teto em ondas feito com ripas de madeira e um muro verde, lindo mesmo!!! É uma das coisas mais bonitas e contemporâneas que eu já vi :)



Ah, fora o que é usado nos jardins, como ladrilhos hidráulicos, que estão na moda, fontes, e convivência! Dá para perceber que as criações foram baseadas em pessoas!



E quando eu achei que não ia ver mais nada de interessante, achei um escritório com teto todo coberto por um adesivo com desenhos de grafites e uma sala, lotada de PIPOCA... Eu sou viciada em pipoca, toda semana como uma bacia enoooorme e me senti no paraíso!!!


Espero que vocês gostem das fotos! Estive lá no último dia e graças a arquiteta Adriana Scartaris que fez a cozinha da família na Casa Cor Trio e conseguiu um convite para mim, muito obrigada! Detalhe para esse banheiro geométrico, lindo!

OBS: todas as fotos foram tiradas por mim e a Casa Cor Trio acabou no dia 06/12/2009, mas ano que vem tem mais!

06/09/2009

Roberto Burle Marx 100 Anos: A Permanência do Instável

Estive na Exposição sobre Roberto Burle Marx que está no MAM do Ibirapuera no final de semana passado e acabei não tendo tempo de postar. Ele viveu quase um século e morreu em 1994. Foi responsável pelo descobrimento de várias espécies de planta e algumas inclusive levam seu nome. A exposição está linda, com muuuuitos projetos de paisagismo dele, inclusive o do Parque Ibirapuera e do Aterro do Flamengo. Mas tem também pinturas e maquetes de módulos feitas por ele. Na exposição passam dois filmes que explicam suas obras e sua vida, cada um tem uma hora de duração, então é bom ir com tempo para assistir.Coloquei algumas fotos que tirei na exposição e de alguns projetos dele.

Para quem trabalha nessa área de arquitetura e paisagismo, é quase uma aula de projetos inusitados, inovadores e bem resolvidos. Para quem não é da área, ele é um exemplo de conservação da natureza e de suas espécies.
Eu, particularmente, adoro plantas, mexer com elas, colocar a mão na terra e ver que elas estão crescendo. Quando se consegue em um projeto fazer com que o jardim fique como a natureza é, você não precisa de mais nada, só apreciar!

SERVIÇOS DO MAM:
Parque do Ibirapuera, portão 3 - s/nº
São Paulo - SP - Brasil - 04094-000
Tel.: (11) 5085-1300
Fax: (11) 5085-2342

Horários
Bilheteria: terça a domingo e feriados das 10h às 17h30
Visitação: terça a domingo e feriados das 10h às 18h
Entrada: R$5,50
Meia entrada para estudantes, mediante apresentação da carteirinha
Gratuidade para menores de 10 e maiores de 65 anos, sócios do MAM e funcionários das empresas parceiras
ENTRADA GRATUITA AOS DOMINGOS
Acesso para deficientes físicos
Estacionamento Zona Azul – R$1,80 por duas horas. Dias úteis das 10h às 20h, sábados, domingos e feriados das 8h às 18h.

Existem no YouTube um vídeo, dividido em 3 partes, sobre a vida de Burle Marx, coloquei os links abaixo para quem tiver interesse em assistir:
http://www.youtube.com/watch?v=DaryOoInt-M PARTE 1
http://www.youtube.com/watch?v=bFX3UjOwHPE PARTE 2
http://www.youtube.com/watch?v=JJ95cHQ5q2U PARTE 3

OBS> as fotos foram tiradas por mim no Parque e na Exposição.

Modernismo Perdido

Vila operária modernista do arquiteto Gregori Warchavchik está ameaçada

Caiu em duplo esquecimento um prédio chave na arquitetura moderna brasileira. Varrida da história, a vila operária construída por Gregori Warchavchik na zona portuária do Rio, nos anos 30, está descaracterizada há mais de 20 anos e ficou de fora dos projetos de reforma que prometem revitalizar a região do cais do porto carioca.

Esforços anunciados há pouco pela prefeitura alardeiam o restauro de casas do século 19 na região e de todo o complexo do morro da Conceição, vizinho de dois museus que devem ser construídos por lá até 2011. Mas, perto dali, a única obra de Warchavchik sobrevivente no Rio está ameaçada.

Projetada pelo arquiteto que fez a Casa Modernista, em São Paulo, a vila operária no Rio é uma espécie de elo perdido da história da arquitetura brasileira. Marca a transição do primeiro modernismo feito no país, sob forte influência do racionalismo da Bauhaus, às curvas que vieram depois, com Le Corbusier e Oscar Niemeyer.

Também é um exemplo de um racionalismo retórico, que marcou a tentativa de ser moderno num país ainda sem industrialização. Embora as esquadrias, a laje e o acabamento pareçam sair de uma linha de montagem, são feitos à mão, imitação da indústria ausente.

"É aqui que se dá o clique, a passagem para o moderno brasileiro", resume o curador Paulo Herkenhoff, que visitou a vila com a reportagem. Desde que começou a prestar consultoria para a futura Pinacoteca do Rio, que deve ser instalada num prédio próximo dali, Herkenhoff tem sugerido à prefeitura a inclusão da vila operária nos planos de restauro do porto.

Mesmo tombado pelo patrimônio municipal há 23 anos, o complexo, hoje ainda ocupado por moradores, está descaracterizado. Teve as telhas, os revestimentos do teto e das fachadas trocados. Também foram ocupadas as áreas deixadas livres no projeto original.

"Essa é a maior descaracterização, a ocupação dos espaços que eram coletivos", diz Otavio Leonídio, arquiteto e professor da PUC-Rio. "Era para ser um espaço vazio, que ventila, ilumina os andares de baixo."

É um conjunto de casas mínimas: quatro cômodos que se distribuem em torno de um pequeno quadrado, tendo de um lado cozinha e banheiro e, do outro, sala e quartos. "É a casa proletária", resume Leonídio.

Lúcio Costa

Embora tenha entrado para a história como obra de Warchavchik, o projeto foi assinado por Lúcio Costa, arquiteto que desenhou o plano urbano de Brasília. Não há dúvida que a vila tem os traços de Warchavchik, mas, como eram sócios à época, Costa pode ter assinado a planta como formalidade.

"Isso é mais Warchavchik do que Lúcio Costa", afirma Herkenhoff. "Não consigo imaginar o Costa virando moderno e fazendo esse tipo de projeto."

É um dado que abre outro debate. Costa esteve à frente do Iphan por mais de 30 anos, mas nunca tombou a vila de Warchavchik nem as outras duas casas que o arquiteto construiu no Rio, hoje demolidas.

"Ele rejeitava esse racionalismo duro, de caráter alemão, funcionalista", diz Leonídio. "Costa chamava isso de modernismo estilizado, ele foi muito duro com o Warchavchik."

Acabaram preservados os projetos da vertente francesa, de Le Corbuiser e Niemeyer. "A história da arquitetura escolheu um campo e ficou nele", diz Herkenhoff. "A vila está no gongo para salvar, no ponto."


Conjunto operário de Warchavchik está fora das prioridades para prefeitura

A defesa do patrimônio histórico do Rio reconhece que o conjunto operário de Gregori Warchavchik está "descaracterizado há muito tempo", nas palavras do subsecretário de patrimônio cultural, Washington Fajardo. "Eu não realizei uma vistoria lá desde que assumi, no início deste ano", diz ele.

Fajardo diz, no entanto, que o patrimônio cultural tem outras prioridades no momento, restaurando bens anteriores à vila.

A prefeitura do Rio diz que o restauro do complexo não está nos planos de revitalização, mas que considera a inclusão da vila numa segunda etapa de obras das reformas.

"Isso pode até ser considerado, mas não está hoje no nosso mapa de prioridades de locais para recuperação", diz Felipe Gois, do Instituto Pereira Passos, órgão municipal que cuida da revitalização.

Informações e fotos do site: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u601899.shtml
Reportagem de SILAS MARTÍ da Folha de S.Paulo, enviado especial ao Rio