20/07/2008

Marcel Duchamp



No dia de seu aniversário de 60 anos, 15 de julho (terça-feira), a partir das 20h, o Museu de Arte Moderna de São Paulo inaugura “Marcel Duchamp: uma obra que não é uma obra ‘de arte’”, a maior exposição individual do artista franco-americano já realizada na América do Sul, em parceria com a Fundação Proa, de Buenos Aires, que inaugurará sua nova sede em novembro com a exposição. A curadoria é de Elena Filipovic, co-curadora da Bienal de Berlim e especializada na obra do artista, e ficará em cartaz de 15/07 até 21/09, das 10h às 18h, com cerca de 120 peças.

Complementando a mostra, a Sala Paulo Figueiredo recebe “Duchamp-me”, com obras de artistas brasileiros inspirados no franco-americano e curadoria de Felipe Chaimovich. O patrocínio da mostra fica a cargo da Tenaris Confab e do Itaú BBA.

O perfil e a história pessoal de Marcel Duchamp (1887-1968) são acessos para compreensão da sua obra. Ele foi um jogador de xadrez obsessivo, criador do ready-made, tipógrafo, especialista em óptica, bibliotecário, pintor, curador, performer, inventor do museu portátil, dono de um senso de humor nada convencional e, antes de tudo, um homem de inteligência fora do comum, como admitiu certa vez numa longa entrevista ao crítico de arte Pierre Cabanne.

Quarenta anos após sua morte, ele ainda provoca discussões infindáveis. A complexidade de sua obra é uma unanimidade e, por certo, também o motivo de sua rejeição por parte dos visitantes desavisados.

Sem dúvida, sua obra mais importante, ou mais conhecida pelo menos é a Fonte (de 1917, assinada por um de seus alter-egos, R. Mutt), e está nessa retrospectiva, que não segue o roteiro de uma exibição cronológica ou histórica. O artista que ainda continua vivo e provocativo, com inteligência, humor e senso crítico, diz na sua entrevista dada à Pierre Cabanne é que era muito feliz e tinha muita sorte, e talvez essa deve ser a idéia para aproveitar a exposição: partir da idéia de felicidade.

Para quem gosta do período do Surrealismo, vale muito a pena ir nessa exposição e se deliciar com as "loucuras" de Marcel Duchamp.

OBS:
- foto da Fonte (1917): http://www.students.sbc.edu/evans06/presentation.htm
- foto da obra LHOOQ: http://www.joannemackellar.com/designjournal/?cat=4
- foto dos Rotorelevos: http://members.aol.com/mindwebart3/marcelpg3a.htm

Informações do site do MAM www.mam.org.br e da Revista MODERNO MAM (07/08/09/2008).

14/07/2008

Santana do Parnaíba

Santana do Parnaíba nasceu às margens do rio Tietê, durante a administração de Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil. Há registros de que o primeiro a se instalar na região foi o português Manuel Fernandes Ramos, participante de uma expedição realizada em 1561 por Mem de Sá para explorar o sertão – no sentido Rio Tietê abaixo, em busca de ouro e metais preciosos. Estabeleceu-se no povoado, construindo uma fazenda e uma capela em louvor a Santo Antônio, mas sua estrutura precária não resistiu às constantes enchentes e acabou destruída. Posteriormente, seus herdeiros e sua mulher, Suzana Dias, resolveram erguer, em 1580, uma nova capela, desta vez em honra de Sant’Ana.

Em 14 de novembro de 1625, o povoado que cresceu ao redor da capela foi elevado à categoria de vila com a denominação de Santana de Parnaíba. Durante o período colonial, a vila possuía apenas uma economia de subsistência, baseada nas lavouras de trigo, algodão, cana, feijão e milho, sustentando um pequeno comércio com as povoações vizinhas. Seus habitantes, para contornar as dificuldades econômicas decorrentes de seu isolamento em relação à metrópole, contavam com o fato de a vila ser um importante ponto de partida do movimento das bandeiras, que exploravam o sertão com o duplo objetivo de capturar indígenas e descobrir metais preciosos.

Nos séculos XVII e XVIII, Santana de Parnaíba conheceu um certo desenvolvimento, promovido pelo emprego da mão-de-obra indígena e pela chegada de famílias importantes, como, por exemplo, a dos Pires. Apresentou-se, por um lado, como uma das principais áreas de mineração da capitania, tendo dentre seus moradores o padre Guilherme Pompeu de Almeida, que foi um grande financiador das bandeiras paulistas; por outro, como núcleo exportador de mão-de-obra indígena para as demais capitanias, entrando muitas vezes em confronto com os jesuítas.

A vila chega ao século XIX desenvolvendo poucas atividades econômicas, situação agravada ainda mais pela abertura de novas estradas que ligavam São Paulo a outras vilas e cidades sem passar por Parnaíba. Sofreu também o impacto de não ter havido em suas terras a substituição da cultura de cana-de-açúcar pela de café. A cidade permaneceu estagnada até o início do século XX, quando a Light & Power Company construiu sua primeira usina hidrelétrica no país, abrindo um novo campo de trabalho na região. Sua denominação foi reduzida, não se sabe quando, para Parnaíba, mas em 30 de novembro de 1944 volta a adotar seu nome atual, Santana de Parnaíba.

Graças às técnicas de restauração desenvolvidas pelo Projeto Oficina Escola (POEAO), Santana de Parnaíba preserva seu patrimônio histórico. Com suas construções coloniais, a cidade concentra um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos do Estado, com 209 edificações, tombadas, em 1982, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT). Mas antes, em 1958, a residência bandeirista urbana, construída na segunda metade do século XVII, onde atualmente funciona o Museu Histórico e Pedagógico Casa do Anhangüera e o sobrado construído no século XVIII, onde está instalada a Casa da Cultura, foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Nacional (IPHAN).

Pontos Turísticos Arquitetônicos Importantes:

Coreto Maestro Bilo - Doado e construído em 1892, com ferros que vieram da Inglaterra, o coreto é um dos mais belos monumentos históricos da cidade. Em 1963, esse monumento foi aterrado, reformado e diminuído em 60cm de altura, preservando seu gradil original e o restante de sua arquitetura. Continua, hoje, sendo palco de apresentações e é considerado o cartão de visitas da cidade, juntamente com a Igreja Matriz, o Casarão e o Museu. Está localizado na Praça 14 de Novembro, ao lado da Igreja Matriz.

Igreja Matriz - É considerada o marco mais importante do município. De acordo com os registros históricos, em meados de 1560, foi erguida na cidade a primeira capela, dedicada a Santo Antônio. A pequena igreja era feita de pau-a-pique e coberta de folhagens. No ano de 1580, a segunda capela, dedicada a Sant'Ana, foi construída. Em 1610 uma terceira capela foi construída, também por André Fernandes, e, em 1625, foi elevada a Matriz, hoje conhecida como Paróquia de Sant'Ana. A edificação atual data de 1882, e seu estilo é eclético, possuindo piso em canela preta e altares que acompanham a liturgia. É tombada pelo CONDEPHAAT.

Museu Casa do Anhangüera - Residência bandeirista urbana construída na segunda metade do século XVII, em taipa de pilão e taipa de mão, na qual, presume-se, residiu o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva - O Anhangüera. É uma edificação típica das construções do século XVII, representando uma tradição urbana das primitivas moradas paulistas, que mantêm até hoje seu estilo original. Foi transformado no "Museu Histórico e Pedagógico Casa do Anhangüera" durante a semana comemorativa da criação da vila em 14 de novembro de 1962, possuindo grande valor arquitetônico e histórico. Tombada pelo IPHAN, em outubro de 1958, e pelo CONDEPHAAT, em maio de 1982.

Casa da Cultura “Monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo” - O sobrado construído por volta do século XVIII é um exemplar típico das construções paulistas, com paredes estruturais em taipa de pilão cobertas com telhas capa canal, portas altas e elevado pé direito. Está localizado no Largo da Matriz, nº 19 e 25. É um patrimônio tombado pelo IPHAN em dezembro de 1958 e pelo CONDEPHAAT em maio de 1982.

Barragem Edgard de Souza - Inaugurada em 23 de Setembro de 1901, foi a primeira usina da "Light" no Brasil e também a primeira hidrelétrica a abastecer São Paulo. Está localizada na Estrada dos Romeiros (Próximo ao Centro Histórico).

OBS:
informações do site http://www.santanadeparnaiba.sp.gov.br/historia/index.htm
fotos dos site http://www.flickr.com

05/07/2008

Iluminação no Paisagismo

A iluminação artificial é arte e técnica de iluminar. É técnica, pois requer cálculos onde os fatores básicos são a dimensão, a função do ambiente, a refletância dos materiais e outros mais. É arte porque está ligada a sensibilidade de quem a projeta, por realçar formas, cores e texturas com efeitos diversos e ainda por criar uma nova visão proporcionando beleza.
Em um jardim, a iluminação artificial adequada realça caminhos, dá destaque a árvores e arbustos, multiplica o colorido das flores e, sobretudo, oferece segurança.Existem vários tipos de efeitos de iluminação utilizados em jardim, como por exemplo:

- Iluminação focal: direcionada, possui a atenção para um ponto específico do jardim: arbustos, esculturas e centros de interesses.

- Iluminação indireta: demarca levemente o jardim sem um foco de destaque; normalmente colocada por trás das plantas ou direcionadas para muros ou pisos.

- Iluminação geral: ilumina amplamente o local, sem destacar nenhum ponto; percebe-se o jardim como um todo. Para cada efeito existem luminárias e lâmpadas específicas, como por exemplo:

- Spot e projetores: são indicados para criar efeitos especiais, como o da iluminação focal. Devem ser posicionados a uma distância de 1/3 da altura do elemento a ser iluminado.

- Postes: indicados para iluminar uma área de maneira geral. Porém, é recomendável que tenham mais de 1.80m de altura para não ofuscar as vistas das pessoas.

- Balizadores e mini postes: ideais para iluminar caminhos e elementos baixos, como as forrações de um jardim. Normalmente o raio de iluminação destas peças é igual a duas vezes e meia a sua altura. Também é viável que tenham menos de 1.10m de altura para não incomodar os olhos.

- Arandelas: também chamadas de "varre paredes", normalmente proporcionam uma iluminação indireta, onde se percebe o contorno do local.Estas luminárias devem ser específicas para as áreas externas: devem ter proteção contra sol, água, ventos, etc. Normalmente possuem vidros temperados, fiação resistente, vedação eficiente e borrachas de pressão.

As lâmpadas, normalmente, são determinadas na escolha das luminárias. Por exemplo: um refletor já possui especificado o tamanho da lâmpada, o encaixe da boquilha e a potência máxima de watts que suporta.

No projeto de iluminação para jardim deve se levar em consideração à função do jardim à noite; a arquitetura do local e o projeto do jardim. Além disso, deve prever a capacidade da rede elétrica disponível, o que é feito através da consulta de um técnico em eletricidade. A instalação da iluminação no jardim é sempre de responsabilidade de eletricistas ou firmas que prestam esse tipo de serviço. Seja qual for a forma de iluminar jardins, a iluminação externa deve proporcionar segurança e beleza. Desenvolver a arte de iluminar jardins é um desafio para todos os paisagistas.

Sites de referência:
www.luciaborges.com.br
www.rosalbapaisagismo.com.br/rpplantas.htm
Foto do site:
www.meioemidiacult.com.br/cult.qps/Ref/RHSR-6QPT8P