10/10/2010

Museu da História de São Paulo


Museu da História de São Paulo terá modelo interativo

"Tudo será feito para ser bastante abrangente e de fácil compreensão", diz secretário de Cultura do Estado de São Paulo, Gustavo Fioratti

Orçado em R$ 52 milhões, espaço deve abrir ao público em 2011 com curadoria do jornalista Roberto Pompeu de Toledo, o Museu da História de São Paulo, que o governo do Estado pretende abrir até setembro de 2011 na região do parque Dom Pedro, especificamente nas Casas das Retortas, vai seguir o modelo interativo do Museu do Futebol e do Museu da Língua Portuguesa.

As diretrizes foram passadas ao jornalista e escritor Roberto Pompeu de Toledo, responsável pela concepção curatorial do projeto. O museu ocupará a Casa das Retortas, prédio histórico onde funcionou uma das primeiras produtoras de gás da cidade. As obras já estão em execução.

O orçamento de todo o conjunto vai ficar em R$ 52 milhões. Inclui a restauração do prédio, assinada por Paulo Bastos (o mesmo que fez a obra de restauro da Catedral da Sé), a construção de outros dois edifícios projetados por Pedro Mendes da Rocha, além da pesquisa e da instalação museográfica.

O valor supera o da construção do Museu da Língua Portuguesa, que consumiu R$ 37 milhões. E também do Museu do Futebol, que ficou em R$ 32 milhões.

O investimento, segundo Andrea Matarazzo, secretário de Cultura do Estado, foi pensado para suprir uma lacuna. "Ainda não temos um lugar que conte a história de São Paulo, sob todos os seus aspectos, econômico, demográfico e político." Didatismo é um dos pontos-chave, diz o secretário. "Tudo será feito para ser bastante abrangente e de fácil compreensão. Queremos atingir o maior número de pessoas possível", diz.

Roberto Pompeu de Toledo diz que essa é a primeira vez que se dedica a uma curadoria do gênero. Seu nome foi pensado principalmente por conta da publicação de "A Capital da Solidão" (ed. Objetiva, 2003, 560 págs.).

IMIGRANTES

O livro é rico em detalhes sobre a história de São Paulo. Atravessa períodos anteriores ao da fundação da cidade até 1900, quando os imigrantes passam a chegar em grande número.
O museu, no entanto, não se restringe a assuntos relativos à capital. O ponto de partida é um momento anterior ao da chegada dos portugueses. E o trajeto cronológico tem seu ponto final em meados dos anos 80, época em que o país assistiu à abertura do processo democrático com as Diretas Já.

Toledo prefere não citar especificidades, por considerar o projeto ainda suscetível a mudanças. Mas adianta que maquetes, ambientações cenográficas, recursos digitais e animações norteiam a concepção museológica.
O Museu da Civilização do Canadá e o Museu d'História de Catalunya (Espanha) também serviram de modelo.

São exemplos de projetos apoiados em recursos interativos, que, neste caso, também suprem a falta de material histórico. "Até o século 19, é pobre o material iconográfico relativo ao Estado de São Paulo", explica Toledo.


CASAS DAS RETORTAS


Foram inauguradas em 1872, próximas às margens do rio Tamanduateí e às estradas de ferro, as casas que abrigariam o Gasômetro, da companhia inglesa "The San Paulo Gas Company", responsável pela introdução da iluminação pública da cidade. A área do terreno pertencera à Chácara da Figueira, antiga propriedade da Marquesa de Santos.

Com o aumento da demanda e consumo, foi necessário aumentar o Gasômetro, sendo edificada uma nova usina em 1889 – a atual Casa das Retortas (a primeira construção foi demolida no início da década de 1910). Em 1967 as instalações da então Companhia Paulista de Serviços de Gás foram declaradas de utilidade pública pela Prefeitura e é criada a Companhia Municipal de Gás (Comgás). O edifício sofreu então adaptações e restauros, segundo projeto de Paulo Mendes da Rocha, sendo mantidas algumas características da década de 20.


Fontes:
http://flickriver.com/photos/lucibraga/4527384161/ e http://entresseio.blogspot.com/2009/02/cultura-patrimonio-cultural-e-historico.html  e http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada e http://arquitetoederolivato.blogspot.com/2010/08/patrimionio-despedacado-4-casa-da.html

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