Esse blog começou como algo específico sobre design de interiores, mas com o tempo e com a experiência, comecei a mostrar mais sobre o patrimônio arquitetônico, cultural, gastronômico e imaterial em cidades brasileiras, falando também sobre como o turismo acontece nesses locais e como visitar. Por aqui você também vai ver atividades relacionadas à cultura, como exposições e mostras.
17/01/2010
Sabará - Minas Gerais
Sabará foi a segunda cidade visitada por nós. Saímos logo cedo para conhecer a igreja em estilo barroco decorada com Ouro, a rua que D. Pedro frequentava e ver como é uma das cidades do percurso Estrada Real.
Para ver as fotos dessa cidade, clique aqui!
Sabará tem origem num arraial de bandeirantes que apareceu no fim do século XVII. O povoado cresceu e foi criada a freguesia em 1707, que foi elevada a vila e município em 1711, com o nome de Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará. É cidade desde 1838.
O princípio da história de Sabará está ligado à descoberta de ouro na região, então conhecida como Sabarabuçu, em finais do século XVII e a presença de Borba Gato, que ali permaneceu após a morte de Fernão Dias e que veio a ser o seu primeiro guarda-mor. Predomina hoje a versão de que quando o bandeirante paulista lá chegou já encontrou uma povoação e que o núcleo urbano por ele criado foi, na verdade, Santo Antônio do Bom Retiro da Roça Grande, que está um pouco antes da entrada de Sabará, do outro lado do rio das Velhas. A origem do nome é bastante controvertida.
O viajante inglês Richard Burton ouviu em 1867 que ele teria sido tomado de um velho pagé que ali viveu em tempos remotos. Outro viajante, o sábio francês Saint-Hilaire, também dá uma versão pouco consistente misturando corruptelas de termos indígenas numa bela confusão. Segundo o historiador mineiro Diogo de Vasconcelos, o nome tem a ver com as particularidades geográficas da junção de um rio menor com um rio maior, como ocorre no sítio em que a cidade foi criada, onde o rio Sabará deságua no rio das Velhas. Isso é bem mais aceitável, sabedores que somos de que os índios brasileiros das mais diversas nações, sempre identificavam os acidentes geográficos compondo nomes, conforme a figuração ou idéia concreta ou abstrata que tais acidentes sugeriam.
Sabará foi elevada a categoria de vila por Antônio de Albuquerque , logo após o fim da Guerra dos Emboabas, juntamente com o Ribeirão do Carmo e Vila Rica. Como sede de comarca de uma importante região aurífera, possuía a sua odiada casa de fundição para onde deveria ser levado todo o ouro extraído na região para ser fundido em barras e devidamente taxado. A antiga comarca de Sabará era a maior de Minas Gerais, atingindo até a região de Paracatu e o Triângulo Mineiro.
No princípio do século XIX Sabará era dividida em cidade velha e cidade nova. A cidade velha era a região onde hoje ficam as igrejas de Nossa Senhora do Ó e Nossa Senhora da Conceição e a cidade nova era a região que abrange o centro histórico e a parte baixa, em direção ao rio.
Foi em Sabará que morreu um dos delatores da Inconfidência Mineira, o coronel do regimento de auxiliares de Paracatu, Basílio do Brito Malheiro. Morreu amaldiçoando o Brasil e os brasileiros e temendo ser emboscado em algum beco escuro, punido pelo povo de Sabará pela sua vil delação. Daqui também saiu um dos mais implacáveis devassantes da Inconfidência, o desembargador César Manitti, ouvidor da Comarca e escrivão do tribunal que condenou os inconfidentes.
Sabará possui um dos mais notáveis acervos de igrejas setecentistas de Minas. Nossa Senhora do Ó de 1717, uma das mais representativas do barroco mineiro, possui influência chinesa em sua arquiterura externa e na decoração interna, o seu nome é devido às ladainhas de Nossa Senhora que sempre começam com o Ó e seguem com algum louvor ou agradecimento (foi a igreja onde estivemos). Nossa Senhora da Conceição de 1710, matriz da cidade, localizada na praça Getúlio Vargas (cidade antiga); Nossa Senhora do Carmo de 1763, com várias obras de aleijadinho. Nossa Senhora das Mercês dos homens de cor de 1781 (na primeira imagem do artigo), com linhas arquitetônicas simples, sem ornamentações internas, mas localizada em lugar privilegiado na composição da paisagem urbana; Nossa Senhora do Rosário de 1713, inacabada pelos escravos da irmandade dos homens pretos da Barra do Sabará, os quais a construíam e pararam por falta de recursos. São Francisco de 1781, além de várias capelas.
OBS: informações retiradas dos guias locais do passeio e do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Sabará
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